terça-feira, 7 de junho de 2011

O roubo do tempo

Alcione Araújo*

Nos primórdios do capitalismo industrial - a relação homem-máquina ainda não tinha um vitorioso - não era pacifico que o trabalho rotineiro fosse um mal em si. Em meados do século XVIII, por exemplo, ganhou destaque o antagonismo dos pontos de vista de dois luminares da época: um francês e o outro inglês. Na sua Enciclopédia, publicada entre 1751 e 1772, Denis Diderot afirma que o trabalho rotineiro é como um método de aprendizagem por repetição - então usual. Já Adam Smith, no seu livro A riqueza das nações, publicado em 1776, afirma que: “A rotina embrutece o espírito. Pelo menos da forma organizada no capitalismo emergente, parecia negar qualquer relação entre o trabalho comum e o papel positivo da repetição na criação do produto.”

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Pecado capital do capitalismo: a exploração

EMIR SADER*

Explorar, no seu sentido mais geral, significa fazer uso de algo para um fim determinado, como quando se explora um recurso natural para benefício próprio. Por exemplo, quando se queima madeira para fazer fogo, se está explorando as florestas para cozinhar ou para se proteger do frio.
Se, porém, nos valemos da ação de outra pessoa para beneficio próprio, estamos explorando essa pessoa. Se essa pessoa é fraca, desvalida, não tem formas de resistência e de se submeter à nossa ação sobre ela, estamos fazendo algo moralmente condenável, estamos explorando um ser humano, estamos tratando-o como coisa, como instrumento de um fim nosso e não como pessoa. Como veremos, através da exploração estamos não somente tirando um benefício para nós mas também oprimindo outro ser humano, fazendo dele um objeto para nossa satisfação. Ele se torna uma espécie de árvore que queimamos para nos aquecer ou para suprir nossa fome.

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