quarta-feira, 13 de abril de 2011

ERU 315 - T1 - Ementa

Objetivos e Procedimentos Didáticos:

O objetivo do curso é apresentar uma visão crítica das diferentes formas pelas quais as Ciências Sociais têm interpretado teoricamente o significado da categoria analítica trabalho, assim como suas transformações na sociedade contemporânea. O curso pretende instrumentalizar os alunos com um aparato conceitual e interpretativo que lhes permita interpretar o significado do trabalho na organização da sociedade e da cultura modernas e, assim, refletir acerca de seu próprio lugar no mundo.

O curso será desenvolvido por meio de aulas expositivas, acompanhadas de leituras previamente estabelecidas. A leitura dos textos é indispensável ao bom andamento das aulas. Entre uma leitura e outra os estudantes realizarão trabalhos escritos em grupo, com consulta e em sala de aula (a que chamaremos de “testinhos”) sobre temas tratados nas aulas precedentes. Estes testes totalizarão 20 pontos. Serão realizadas também três provas individuais e sem consulta, com valor de 30 pontos ao final da primeira unidade e de 25 pontos, ao final da segunda e terceira unidades. Não haverá teste ou prova substitutiva, nem será permitida a realização de provas ou testes em horários ou turmas diferentes daqueles em que o aluno estiver matriculado.


Programa do Curso:

1.      Disciplina, Divisão do Trabalho e Capitalismo: O Nascimento da Fábrica Moderna
THOMPSON, Edward P. Tempo, Disciplina de Trabalho e Capitalismo Industrial In: Costumes em Comum. São Paulo: Cia. das Letras, 1998.
SMITH, Adam. Inquérito sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações. (1776) Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1981. Caps. I, II e III.
MARX, Karl. O Capital. 8a ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1982. (capítulos selecionados)
MARGLIN, Stephen. Origens e Funções do Parcelamento das Tarefas (Para que servem os patrões?). In: GORZ, André (ed.). Crítica da Divisão do Trabalho. São Paulo: Martins Fontes, 1980.

2. Organização do Trabalho e Modelos de Reestruturação Produtiva: Produção de Massa e Produção Flexível
2.1. A Formação da Moderna Corporação e seus Métodos de Gestão do Trabalho
CHANDLER, Alfred. Introdução a The Visible Hand. In: McCRAW, Thomas (org.). Alfred Chandler: Ensaios para uma Teoria Histórica da Grande Empresa. Rio de Janeiro: Ed. Fundação Getúlio Vargas, 1998. pp. 247-60.

2.2. O Taylorismo, o Fordismo e o Toyotismo
BRAVEMAN, Henry. Gerência Científica. In: Trabalho e Capital Monopolista. A Degradação do Trabalho no Século XX. Rio de Janeiro, Guanabara, 1987.
BARROS Lúcio, O Novo e o Velho: o Trabalho e o Processo Produtivo em Discussão, Impulso, Revista de Ciências Sociais e Humanas, 10 (22 – 33), 1998.

3. O Mundo do Trabalho no Brasil
OLIVEIRA, Eurenice, Processo de trabalho e “toyotismo” no Brasil, in. Toyotismo no Brasil: desencantamento da fábrica, envolvimento e resistência. São Pulo: Expressão Popular, 2004.
PAIVA, Vanilda, Escolariade: seguro contra o desemprego? Democracia Viva, Rio de Janeiro, número 21, maio de 2004 (26 - 33)

4. Novas questões no mundo do trabalho
RIFKIN, Jeremy, O fim dos empregos: o declínio inevitável dos níveis dos empregos e a redução da força global de trabalho, São Paulo : Makron Books, 1995. Capítulos 1, 7 e 8.

Leituras adicionais:
AGIER, Michel & GUIMARÃES, Antônio Sérgio. Técnicos e Peões: A Identidade Ambígua. In: Guimarães, A.S., Agier, M. & Castro, N. (orgs.). Imagens e Identidades do Trabalho no Brasil. São Paulo: Hucitec, 1995. p. 39-74.
FORD, Henry, Minha vida e minha obra, São Paulo: Companhia Graphico-editora Monteiro Lobato, 1922.
BENTHAM, Jeremy. O Panoptico, ou a Casa de Inspeção (1787) In: Silva, Tomaz Tadeu (org.). O Panóptico. Belo Horizonte: Autêntica, 2000. p. 13-74
BEYNON, Hugh. Trabalhando para a Ford. Trabalhadores e Sindicalistas na Indústria Automobilística. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995. caps. 1, 5 e 6.
BRUMER, Anita, O sexo da ocupação: considerações teóricas sobre a inserção da mão de obra feminina na força de trabalho, Rio de Janeiro, RBCS no. 8 vol.3 out. 1998. pp 20 a 37.
BUONFIGLIO, Maria e DOWLING, Juan Alfonso, Flexibilidade das relações de trabalho e precarização: uma análise comparativa, Caxambu, XXIV Encontro da ANPOCS, GT 20, 2000.
CASTRO, Nadya Araújo & LEITE, Márcia de Paula. A Sociologia do Trabalho Industrial no Brasil: Desafios e Interpretações. BIB: Boletim de Informação Bibliográfica. Rio de Janeiro, 37(1), 1994. p. 39-59.
CORIAT, Benjamin. Pensar pelo Avesso: O Modelo Japonês de Trabalho e Organização. Rio de Janeiro: Revan/UFRJ, 1994.
COMIM, Álvaro, CARDOSO, Adalberto & CAMPOS, André Gambier. As Bases Sociais do Sindicalismo Metalúrgico. In: Arbix, Glauco & Zilbovicius, Mauro. De JK a FHC: A Reinvenção dos Carros. São Paulo: Scritta, 1997. p. 413-448.
LAVINAS, Lena, Emprego feminino: o que há de novo e o que se repete., Rio de Janeiro, DADOS – Revista de Ciências Sociais, Vol. 40 no. 1, 1997, 00. 41 a 67.
LOPES, José Sérgio Leite. O Vapor do Diabo: O Trabalho dos Operários do Açúcar. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976. caps. I e II.
OLIVEIRA, Eurenice, Processo de trabalho e “toyotismo” no Japão, in. Toyotismo no Brasil: desencantamento da fábrica, envolvimento e resistência. São Pulo: Expressão Popular, 2004.
RAMALHO, Ricardo José, Precarização do trabalho e impasses da organização coletiva no Brasil, In., Neoliberalismo, trabalho e sindicatos: reestruturação produtiva no Brasil e na Inglaterra, São Paulo: Boitempo editorial, 2002., (pp 85 – 114)
TAYLOR, Frederick. Princípios de Administração Científica. São Paulo: Atlas, 1990.
WOMACK, James; JONES, Daniel & ROOS, Daniel. A máquina que mudou o mundo. 13a. ed. Rio de Janeiro : Campus.

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